segunda-feira, 15 de setembro de 2008

For a little sweet girl / Believe...


Esforço-me ao máximo que posso para levantar-me da cadeira e pegar o material para escrever. Há poucos instantes, minhas forças esgotadas, jazia eu nesta cadeira vazia, em uma madrugada quente.

Meus batimentos acelerados, minhas mãos frias e trêmulas, a febre ardia em minha testa... Todo o meu corpo e a minha alma gritavam por ti. Foi-se na memória o tempo em que amei-te pela primeira vez. Tu nem imaginas que por ti pranteei em noites como esta. Jamais deverá saber que por ti quase entreguei uma vez a vida ao Universo. Tamanha dor seria se soubesses o quanto a amo!

Tu talvez não viesses a me perdoar. Ou talvez lamentasses por este desgraçado a quem tanto admiras. És tudo o que de mais belo já presenciei. És a verdade do meu universo, a minha cura. Somente tuas mãos cálidas abrandariam o meu rosto febril. É o teu sorriso – a contemplação mais divinal sobre a Terra – abrigo para minha alma desolada, um espectro errante.

Amei-te em tempos pretéritos. Amo-te por todo o presente e a ti entrego o futuro. Teu nome aqui não ouso mencionar, pois que jamais tive o direito de tal forma desejar-te. Perdoa-me, pois meu coração não mede blasfêmias que faz. És a nova dona deste espaço, que aqui se finda e que tanto visitastes, e onde não voltarei a escrever jamais!...