sábado, 15 de março de 2008

No time to love III: O Positivismo Sentimental...

Hoje eu conversei com um amigo. Está ele passando por alguns transtornos devido ao seu confuso “relacionamento” (darei ênfase às aspas e explicarei doravante). A conversa que tivemos motivou-me e pôr em prática aquilo sobre o que eu vinha a filosofar há algum tempo.

Basicamente, a moça em questão comporta-se de forma indiferente, ao passo de que por outras vezes, retoma o comportamento anterior, carinhoso de ser. Para nós, é bastante comum nos depararmos com essa situação hodiernamente. Explicitarei aqui que, devemos responsabilizar muito mais do que a pessoa em si.

A justificativa para tal atuação, de um ponto de vista unilateral, é que para ela, não há relacionamento. Exato, podemos denominar o que ocorre entre os dois de “rolo”, “ficar”, “amizade colorida” e outras pérolas idiotas. Temos, afinal, a causa de todos os problemas.

Proponho uma reflexão. Para quê estabelecer padrões, normas, dissociações, acordos e etc para algo que, originalmente, é tão simples? Minha tese é que os indivíduos começaram a enxergar aquilo que há de mais simplório sob o prisma “garroteado” do Positivismo. Tal aberração criada por Comte atingiu talvez todos os âmbitos da existência humana, inclusive aquilo que há de mais sublime e abstrato. Temos o Positivismo Sentimental.

Sob a minha ótica, o verdadeiro Amor é uno, indivisível e indissociável. Ele não separa por nomes idiotizados as fases pelas quais ele passa, muito menos estabelece normas e acordos. Ele é universal. É abrangente. Vou mais além: para mim, uma amizade verdadeira – ou mesmo a chamada “amizade colorida” – tem muito mais chances de virar Amor do que um relacionamento que já tenha se iniciado com qualquer uma das aberrações acima citadas, ou mesmo com um namoro.

A beleza da vida está nas coisas simples. Está na falta de determinações formais, no que concerne a tudo aquilo que é sublime, como o Amor. Tudo é natural. Tudo é fluido. Se eu estiver certo, desejo que um dia todos nós possamos aprender isso.

15 gota(s) de chuva:

Kari disse...

Pois é moçinho, tenho esse mesmo pensamento. Não gosto disso de ficar, e, ao começar a ler foi inevitável não pensar num texto da Martha Medeiros que chama "De 'ficantes' a 'noivoridos'". E fala exatamente sobre isso. As pessoas mudam o nome para diminuir a responsabilidade. Um "ficante" é menos que um namorado, pois lhe dá mais liberdade, assim como o "noivorido" é mais que um namorado e menos que um marido, ou seja, acabar a relação fica mais fácil. É muito legal esse texto dela, depois vê se você lê, pois mostra essa nossa visão...

E quanto a uma pergunta implícta que você me fez no comentário, onde falou "fico pensando no que a motivou a escrever estória assim...", me deu uma vontade enorme de te responder.

Na verdade, o que me motivou a escrever aquela estória (A outra metade) foi uma conversa com uma tia-avô minha. Ela é viúva a oito anos e, enquanto conversávamos semana passada, ela falou que queria que ela arranjasse um namorado, aí ela completou, "mas como eu posso se ainda sou apaixonada pelo meu namorado?". E ao ouvir aquilo eu percebi quão grandioso é o amor. Não foi a morte do meu tio que fez o amor acabar, pois ele não acabou. Também não foi a distância. Não! O amor ainda existe, e ela decidiu que amaria ele para sempre. E foi isso que me incentivou a escrever a estória. Eu quis mostrar que, mesmo aos que não acreditam nele, nele existe e pode ser pra sempre, por mais ilusório que isso possa parecer...
Opa! Falei demais... Mas achei que precisava responder tal questionamente...

Beijão pra tu

R Lima disse...

Suas ponderações são interessante e pertinazes, mas por hora tendo a pensar que o Amor em face de relacionamento seja ele qual for só vive quando ambos se correspondem.

Unilateralmente não há vida a dois.

Abçs meu caro,


Texto de hoje: dItos...

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MH disse...

Concordo plenamente. As vezes amizades verdadeiras (ou as coloridas) viram grandes paixões. Por outro lado, nada tira da minha cabeça que as grandes paixões, as verdadeiras paixões são aquelas impossiveis, que ficam sempre no terreno das idealizações. Li uma vez num texto do Jabour a frase “somente o amor impossivel é verdadeiro”…sei la…pra pensar..de repente é só uma bobagem. Abç.

B!ah♥=D disse...

Concordo em gênero,número e grau com você Lone...

Odeio esta terrível mania da sociedade contemporânea de dar outros nomes ao amor,com o que,na verdade,é simplesmente o objetivo de diminuir a intensidade de um sentimento tão maravilhoso...
E o pior é que às vezes deixo-me contaminar...

Mas eles nunca,nunca mudarão meus conceitos sobre o amor...

Never...



Bjo;
=D

Anônimo disse...

Amor de verdade não tem nome, nem sobrenome, é amor e pronto. Existe.
AAhh mas não me fale de amor e outros, porque estou machucada.
haha, mas olhe, dói bastante.

Beejão Lone, muita luz e ternura pra você!

Stephany Belleza disse...

Realmente eu tbm acho que amor não merece rótulos, relacionamentos existem mesmo quando não há amor...

Mas talvez vcs esteja exagerando um pouco, se ela é carinhosa as vezes isso significa que há um sentimento, e pode haver um siples problema com ela: TPM

é rapazes, as coisas são assim, rsrs

Bjus

R Lima disse...

Onde estão os bons textos?:

Abçs,




Texto de hoje: 10 pOr 9...

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Anônimo disse...

O seu deseja é o de muitos de nós!

"Você é eternamente responável por aquilo que cativas"

Renato Ziggy disse...

Positivismo Sentimental? Cara, sinceramente não consegui entender muito aonde você quis chegar. Mas lembra-me "ordem e progresso". Hehehe!

E quando trata-se de sentimento, pelo menos comigo, não há ordem não. E pode haver regresso, e não progresso... sei lá, mas articular positivismo (sobre o qual tenho um entendimento raso, confesso) e sentimento me parece uma tentativa de fazer um salada com um tempero esquisito.

Sei lá... rolaram uns acordezinhos diminutos aqui... rsrsrsrs! Abração!

ContaPraMarcela disse...

Estou com saudades de te ler....
Pior q isso, estou com saudades de vc.
Acho que nao preciso dizer aqui o que eu ja te disse sobre o texto ;)
Simples, positivismo sentimental, independente da ideia que vem depois disso, essa idéia já me é suficiente.
Beijo

MH disse...

que aconteceu? sumiu???????????

Srtª Amora disse...

sabe o que ocorre? talvez seu amigo não tenha deixado claro a ela que tipo de relacionamento ele deseja, homem adora isso... nos deixar em dúvida, mulher tbm o faz... de qualquer maneira.

embora as coisas sejam melhores sem formalidades, decência é altamente fundamental. Afinal de contas, mente do outro é terra que ninguém anda... e às vezes deixar as coisas livres, abre margem pra que se leve na brincadeira, algo que pode ser lindo e saudável.

R Lima disse...

Ops.. kd vc? Atualiza aê.r.sss

Abçs,



Texto de hoje: aI daQuEles...

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*Fe* disse...

COncordo em partes com vc... Tambem acredito q "o verdadeiro Amor é uno, indivisível e indissociável".e tambem acho q o amor nasce das amizades. Mas nao seria justamente a falta de padrao, a causa do sofrimento do seu amigo?!Nao seria exatamente a falta d um senso comum sobre o q eh o relacionamento deles q o leva a levar tao a serio e a leva a ser tao leviana? Sei lah, eu tmb n conheco os dois!
Fik c Deus
Beijos

Anônimo disse...

Ah, minha situação é quase igual a sua...
complicado não é?
Ruim, mas as vezes excitante.
Enfim, há muitas coisas das quais preciso aprender. Mas nem tudo se aprende rapido, se aprende aos poucos e essa lição é demorada.
=/


beeejos e uma maravilhosa semana!