
sábado, 16 de janeiro de 2010
Suspiro...

Deixado por Αιακοσ Επυαλιοσ às 02:59:00 5 gota(s) de chuva
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Oração de despedida...
É a mágoa daquele que foi esquecido, da rejeição. Sinto frio e minhas mãos tremem, mal podendo repousar a caneta. A lamúria ecoa em meus ouvidos na mesma medida em que sinto meus sentidos fraquejarem. A imagem do aposento escuro e tenebroso torna-se turva, como se lânguidos de fato fossem meus olhos, marejados não sem razão.
Este pesar que só a mim compreende, só eu mesmo o entendo. Ele que chama, que clama por meu nome. Por que não me levas de uma vez?
Deixado por Αιακοσ Επυαλιοσ às 01:07:00 0 gota(s) de chuva
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Presságio...
"Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos me encaminham pra vocêAssim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você"(Antônio Carlos Jobim / Vinícius de Moraes)
A triste canção golpeia meus ouvidos e leva-me a uma viagem num turbilhão psicodélico de sensações amargas, desesperadas... Suaves. A calmaria se faz presente, em uma segunda melodia, flutuante, morna e levemente pulsante. Ela sussurra segredos doloridos. Embala meu pranto enquanto suspiro uma doce e desconhecida fragrância em meus lençóis. Tudo se dissolve e escorre como visgo, ao final...
O peso recai sobre mim quando o crepúsculo encobre a tarde risonha de janeiro. Eu a sinto de novo. Vem vindo como um presságio, uma mensagem dolorida de um sentimento vindouro. Um conhecido pesar. Eu a conheço. Sei que está aí. Apareça para assolar-me novamente a alma e envolvê-la em solidão. Em você.
Quero sentir suas mãos frias, meu coração tosco em constrição. Venha lenta e tímida, a passos miudinhos, para derramar-me pequenas e acerbadas lágrimas, e então espere. Eu logo estarei pronto. Plante-me novamente a poesia polida de pranto, e eu lhe darei uma flor.
Deixado por Αιακοσ Επυαλιοσ às 23:30:00 2 gota(s) de chuva