segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

In a dark cafe...


I'm gonna blow this damn candle out
I don't want nobody comin' over to my table
I got nothing to talk to anybody about
All good dreamers pass this way some day
Hidin' behind bottles in dark cafes
Dark cafes
Only a dark cocoon before I get my gorgeous wings
And fly away
Only a phase, these dark cafe days.”

(“The last Time I Saw Richard” – Joni Mitchell)

 

Repousar esta caneta sobre o papel parece ter se tornado um vício, nos últimos dias. E estou contente de enfim ter adquirido um hábito tão salutar. Consideremos, porém, o fato de eu ter alguns motivos especiais que fazem-me querer compartilhar cada gota de sentimento com o mundo...

A necessidade de escrever trouxe-me novamente a este que hodiernamente é o meu lugar favorito. Aqui, onde escrevi “Be mine...”, quando meu coração estava banhado no calor de uma presença recente, que ainda hoje posso sentir nas árvores, nas calçadas, nos primeiros raios de cada amanhecer e nas primeiras estrelas do crepúsculo. Nos meus sonhos. Tanto quanto em cada despertar.

Impressiona-me o fato de que um breve pensamento direcionado a um certo alguém seja capaz de desencadear tão rapidamente as minhas frases transbordantes, sempre tão tímidas e relutantes  para vir à tona. Acolhe-me neste instante a lembrança da mais bela musa que já tive. E aquela que mais amei, sem dúvida, com cada centelha de vida que habita o meu ser. Imaginem vocês que, se eu escrevesse desde os tempos em que pela primeira vez esta musa aqueceu-me o coração e por ela derramei meu primeiro suspiro, cá teríamos um livro!

Parece-me inútil tudo o que estou a anotar nesta folha de caderno, do ponto de vista pragmático. Perdoem-me. É apenas uma imensa saudade que bate-me à porta, que sozinha povoa meus dias em envolve-me em terna nostalgia.

Esta noite apresenta-se tão langue e tépida... As estrelas coruscantes enfeitam o céu negro e a viração leva embora a fumaça do meu charuto. O tempo parece se esvair. Assim como a água que escorre por entre as pedras da fonte ao meu lado. Minha inspiração parece mais comedida agora, ainda que a imagem da musa ocupe uma cadeira em frente.

Devo me retirar agora. Gostaria apenas de desculpar-me com vocês, caros leitores, por ter removido o texto prévio – “Untitled...”. Fiz isto apenas para não deixar triste uma pessoa a qual quero bem. As palavras lá contidas estavam carregadas de uma amargura delirante, sentimento esse que agora já não faz parte de mim. Levo comigo um imenso Amor que me traz uma indescritível serenidade e paz de espírito. Naturalmente, para mim, dele a minha amada não compartilha. Mas sinto ter finalmente encontrado um propósito pelo qual  vale a pena lutar. E isso eu farei!

5 gota(s) de chuva:

Anônimo disse...

Hum... Vc sabe que eu não gosto mto de comentários... Mas cm eu gosto de vc, vou deixar um... Esse texto parece mais alegre e otimistas dos tantos seus já lidos por mim, mas ainda continua falando sempre da musa, do apaixonado e do amor quase impossível... Eu acho mto bonito tdo isso, porém talvez fosse bom dar um tempo de tudo isso p ver se musa lembra de sentir falta do incorrigível apaixonado.
Beijos,
Iara.

Tangerina disse...

O Fran's é ótimo néan... Você escreveu maravilhosamente bem... Eu adorei. E adoro sua intensidade.

Beijo Grande.

Zingador disse...

Entendo muito e claramente como num raio que cai no chão, passamos de estágio de completa languidez para uma escrita fervorosa. Acho que por isso, busco tanto me apaixonar, o tempo inteiro, porque aí depositamos sentimentos tantos que é necessário por pra fora de alguma forma e é escrevendo que nos sentimos melhor, já que as vezes não podemos dizer a quem de direito.
Adorei o blog, voltarei sempre.
Abraço perfumado

Betânia M. disse...

Olá... legal seu blog, um tanto melancólico.
Te desejo sorte na sua luta.

Abraços
B da comunidade Creep

Alysson disse...

E quem vive sem sentimentos, né?
Abraços...